sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O Pousar das Garças

O Pousar das garças




"As árvores do Senhor  são bem regadas, os cedros do Líbano que ele plantou;
nelas os pássaros fazem ninho, e nos pinheiros a cegonha tem seu lar."
 Salmos 104: 16-16


Num entardecer onde se podia ver o contraste entre o final do dia e a chegada da noite, por mais que a claridade insista em permanecer, foi vencida pela escuridão que tomou conta daquele ambiente. No céu amarelado via-se raios solares se escondendo como se fora para repousar e cumprir os atos da natureza. À beira do rio, com os anzóis na água, vara na mão, esperando aquele que não ficou de vir, os peixes pareciam satisfeitos por não morderem a isca e não serem pegos de surpresa. Os pernilongos disputavam entre si um espaço para saciar a fome. Em meio a esse turbilhão, observar no céu do nascente ao poente, as garças que voltam pra casa é acalentador, elas voavam naquele entardecer por cima das arvores que margeiam o rio, planam pelos altos e baixos, em forma de semicírculo até chegar no local de pouso para o descanso natural e necessário. 
www.fotografodigital.com.br

São muitas, centenas, centenas de centenas que passam cruzando o céu já acinzentado, quase que tomado pela noite. Elas se preparam para pousar, com as asas puxadas para traz pescoço alongado e pés firmes, fazem um circulo como se despedindo do dia que passa e pousam.

Enfim o descanso. Cessa o barulho, não se ouve mais ruídos, o sono toma conta de cada uma delas que apoiadas aos galhos das arvores, dormem. Após a noite de sono, refeita as energias, de madrugada começa nova atividade com cânticos que se ouvem de longe. Uma chama a outra e saem em bandos balançando o galho que lhe serviu de leito e se dirigem ao campo de trabalho, às vezes sozinhas ou em companhia de outras, alimentam-se daquilo que a natureza lhes proporciona. A vê-las, parecem anjos a guardar aquele que lhes da o que comer. São felizes,alegres, maravilhosas, seu ir e vir, dia-a-dia, transmitem a graça de Deus pelas suas vidas. Conhecem o seu Criador, como a alva, a sua vinda é certa.


Presb. Manoel Algusto
(Boletim Dominical - Ano XXXII - Nº 1647 de 17 de Agosto de 2014)

Nenhum comentário:

Postar um comentário